Segunda injeção administrada. O Menopur não me é desconhecido, foi usado na estimulação da segunda tentativa de IIU que acabou cancelada por ter 7 ou 8 folículos dominantes.
Até agora só faço Eutirox, Ovusitol-D e Menopur. Como os tomo em períodos diferentes do dia, e é pouca coisa por enquanto, quase me esqueço dos dois últimos.
Ainda é muito cedo para sentir o frenesim de pipocas prestes a rebentar. O milho está a aquecer e espero que esta sementeira, praticamente quarentona, ainda tenha nutrientes suficientes para uma colheita de qualidade.
A fisioterapia continua, três vezes por semana. No sábado passado estive a fazer algumas tarefas domésticas que não exigiam um esforço extraordinário. O meu tornozelo não gostou e inchou bastante.
A ortótese é atualmente o meu porto seguro. Apelido-a carinhosamente de pulseira eletrónica, porque quando visto umas calças mais justas, vê-se uma proeminência da fivela elástica que prende à volta da perna, como se fosse um localizador. Tenho um enorme receio de fazer outra entorse, principalmente nesta fase de recuperação. Realizar uma cirurgia nesta zona não está nos meus planos mais imediatos, nem mesmo a longo prazo.
Na minha agenda tenho registado atualmente pouco mais que exames, consultas, análises, fisioterapia. Sim, escrevo numa agenda em papel. Prefiro ter esse tipo de informação anotado em algo palpável, onde possa virar páginas, do que andar a friccionar um ecrã, dependente de baterias para poder organizar o meu quotidiano. Gosto q.b. de tecnologia embora já tivesse mais interesse. Há coisas, no entanto, em que sou mais tradicional. Agendas para mim, têm de ser em papel, mas não serve qualquer uma. Aprecio determinadas formas de apresentar os dias da semana e as horas.
Um grito mudo de alguém que viveu no submundo da INFERTILIDADE e (spoiler alert!) - acabou por mudar de rumo
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terça-feira, 24 de setembro de 2019
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
PGT-A - Dia 1
Chegou o grande dia, o princípio do fim. Estava bem disposta mas dentro de mim há algumas preocupações.
Comecei com a habitual ecografia, seguida de consulta, ensino com a enfermeira e colheita de sangue.
Este processo tem um consentimento informado diferente dos tratamentos anteriores. Vão ser feitas algumas alterações na medicação, só soube por enquanto o que vou fazer até sexta. Esta estimulação será com Menopur 150UI e vou tomar Ovusitol-D. Depois da ecografia que faço no final da semana, saberei o que segue. A médica analisou a minha resposta às estimulações anteriores e prevê que a punção seja no dia 4 de outubro, como eu tinha também calculado em agosto.
Entreguei-lhe o relatório da biópsia que fiz no CUF Descobertas, apesar de ter enviado o mesmo por mail na altura em que o recebi. Como referi num post, havia uma menção no relatório sobre um marcador positivo que pode estar relacionado com linfoma. Além disso, nunca me saiu da cabeça que quando fiz despiste de trombofilias, uma parte significativa dos linfócitos tinha uma alteração. Devido a todos os antecedentes familiares de cancro que me assombram há muito tempo, linfoma incluído, falei do assunto à médica. Ela disse não conhecer aquele marcador e o que significa exatamente aquela frase, mas entende a minha preocupação. Ficou de mostrar a um colega especialista para dar o seu parecer.
Falei também do meu receio em relação à dificuldade real dos embriões evoluírem até ao quinto dia, uma vez que no ano passado, nenhum dos 11 que permaneceu em cultura chegou a esse patamar com sucesso. A médica respondeu que essa situação corrobora a tese da falta de qualidade e da forte possibilidade de anomalias.
Quanto à dosagem de Menopur, não faz sentido começar com uma dose mais baixa, pois os ovários certamente não iriam reagir. Assim teremos de contar com nova hiperestimulação.
Alertei para a alteração na TSH. Ficou o registo e deixei a médica preocupada, embora esta tenha tranquilizado quando se lembrou que não faria agora transferência. O compasso de espera até se conhecerem eventuais resultados do rastreio, será suficiente para normalizar a função tiroideia. Antes sequer de entrar no gabinete ela já tinha colocado na prescrição da análise que iria realizar a seguir o controlo de TSH, como é habitual. De qualquer maneira, quarta-feira vou repetir a análise que o endocrinologista mandou fazer.
Agora vou explicar todos os cenários possíveis, contando que há punção:
1 - Podem não haver ovócitos maduros e não há fecundação, pelo que resta como alternativa os dois mini-nós criopreservados. Não sei que estratégia seguiria depois desta possibilidade.
2 - Há fecundação e nenhum dos embriões, tanto os que já existem que vão ser descongelados, como os novos, apresenta qualidade adequada no quinto dia. Acaba tudo.
3 - Vitória! Conseguem-se sobreviventes no quinto dia mas a biópsia é fatal. O tratamento pode acabar ou não, depende do número de baixas.
3.1 - Temos resistentes! A PGT-A revela que são todos aneuploides. Acaba tudo.
3.2 - Temos resistentes! A PGT-A revela que há viabilidade num ou mais embriões. Segue(m)-se TEC.
3.2.1 - TEC realizada(s). Sucesso (gravidez com princípio, meio e final feliz) / Acaba tudo.
Como se vê, até chegar à parte do final feliz, vai ser uma aventura.
Espero sinceramente que, independentemente do final ser mais ou menos auspicioso, não me caia uma bomba no colo fruto da pequena frase do relatório da biópsia feita no CUF Descobertas. Seria a maior facada de todos estes anos.
Comecei com a habitual ecografia, seguida de consulta, ensino com a enfermeira e colheita de sangue.
Este processo tem um consentimento informado diferente dos tratamentos anteriores. Vão ser feitas algumas alterações na medicação, só soube por enquanto o que vou fazer até sexta. Esta estimulação será com Menopur 150UI e vou tomar Ovusitol-D. Depois da ecografia que faço no final da semana, saberei o que segue. A médica analisou a minha resposta às estimulações anteriores e prevê que a punção seja no dia 4 de outubro, como eu tinha também calculado em agosto.
Entreguei-lhe o relatório da biópsia que fiz no CUF Descobertas, apesar de ter enviado o mesmo por mail na altura em que o recebi. Como referi num post, havia uma menção no relatório sobre um marcador positivo que pode estar relacionado com linfoma. Além disso, nunca me saiu da cabeça que quando fiz despiste de trombofilias, uma parte significativa dos linfócitos tinha uma alteração. Devido a todos os antecedentes familiares de cancro que me assombram há muito tempo, linfoma incluído, falei do assunto à médica. Ela disse não conhecer aquele marcador e o que significa exatamente aquela frase, mas entende a minha preocupação. Ficou de mostrar a um colega especialista para dar o seu parecer.
Falei também do meu receio em relação à dificuldade real dos embriões evoluírem até ao quinto dia, uma vez que no ano passado, nenhum dos 11 que permaneceu em cultura chegou a esse patamar com sucesso. A médica respondeu que essa situação corrobora a tese da falta de qualidade e da forte possibilidade de anomalias.
Quanto à dosagem de Menopur, não faz sentido começar com uma dose mais baixa, pois os ovários certamente não iriam reagir. Assim teremos de contar com nova hiperestimulação.
Alertei para a alteração na TSH. Ficou o registo e deixei a médica preocupada, embora esta tenha tranquilizado quando se lembrou que não faria agora transferência. O compasso de espera até se conhecerem eventuais resultados do rastreio, será suficiente para normalizar a função tiroideia. Antes sequer de entrar no gabinete ela já tinha colocado na prescrição da análise que iria realizar a seguir o controlo de TSH, como é habitual. De qualquer maneira, quarta-feira vou repetir a análise que o endocrinologista mandou fazer.
Agora vou explicar todos os cenários possíveis, contando que há punção:
1 - Podem não haver ovócitos maduros e não há fecundação, pelo que resta como alternativa os dois mini-nós criopreservados. Não sei que estratégia seguiria depois desta possibilidade.
2 - Há fecundação e nenhum dos embriões, tanto os que já existem que vão ser descongelados, como os novos, apresenta qualidade adequada no quinto dia. Acaba tudo.
3 - Vitória! Conseguem-se sobreviventes no quinto dia mas a biópsia é fatal. O tratamento pode acabar ou não, depende do número de baixas.
3.1 - Temos resistentes! A PGT-A revela que são todos aneuploides. Acaba tudo.
3.2 - Temos resistentes! A PGT-A revela que há viabilidade num ou mais embriões. Segue(m)-se TEC.
3.2.1 - TEC realizada(s). Sucesso (gravidez com princípio, meio e final feliz) / Acaba tudo.
Como se vê, até chegar à parte do final feliz, vai ser uma aventura.
Espero sinceramente que, independentemente do final ser mais ou menos auspicioso, não me caia uma bomba no colo fruto da pequena frase do relatório da biópsia feita no CUF Descobertas. Seria a maior facada de todos estes anos.
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