Iniciei o tratamento no dia 14 de julho. O aconselhado é fazê-lo duas vezes por dia, num intervalo de 8 horas. Houve algumas situações pontuais em que só fiz uma aplicação diária e durante uma semana (quando fui de férias) não coloquei, porque o uso de máscara, calor e suor na cara não me faziam sentir muito confortável.
Como ainda não começaram as aulas, o meu tempo é praticamente 100% passado em casa, o que facilita a manutenção da rotina.
Tenho a dizer que estou surpreendida com o que está a acontecer. O estado de inflamação reduziu drasticamente, a pinça é usada muito menos vezes e aqueles pelos que estavam a começar a aparecer geograficamente mais expandidos têm-se mantido tímidos. Posso dizer que antes, na zona do queixo a média diária de pelos que removia com a pinça era de cerca de 20 ou até mais. No chamado buço havia alguns residentes que se destacavam dos demais pela sua espessura e agora é pouco habitual darem sinal de vida. Ainda estou cética que no queixo vão desaparecer na totalidade, eles são do Demo, a não ser que fizesse pílula contínua como no ano passado. Como isso não vai acontecer, só com o tempo vou perceber se estou enganada ou não.
Agora para que isto corra sobre rodas é estalar os dedos para que o Covid deixe de ser preocupação, desapareça de vez e se possam largar as máscaras que nos alteram o estado da pele. Já agora vou pedir a S. Pedro para que não nos brinde com dias muuuito quentes, para poder verificar o funcionamento do creme em toda a sua plenitude.
Balanço preliminar: sim senhor, comigo está a mostrar resultados promissores.
Lembro que é necessário receita médica para o adquirir, custa 48 euros e qualquer coisa, se não me engano. Ainda não consigo dizer quanto tempo dura uma embalagem, porque continuo a usar a primeira que comprei. Traz 30 g de creme e se não fosse tão dispendioso, besuntava também a zona pélvica para ver se domava a espécie invasora. Como nada é perfeito nesta vida, se abandonar o tratamento volta tudo ao mesmo ao fim de algumas semanas.
Findo o momento influencer (numa versão foleira, porque não tenho jeito para a coisa e sai-me do bolso), há mais ou menos novidades sobre os linfonodos. Tive teleconsulta com a médica de família. A minha opinião é de que se devem inteiramente à vacina, já ela é mais cautelosa e diz que não perco nada em fazer ecografia. Não lhe tiro a razão. Como tenho de realizar análises no início de novembro para avaliar o colesterol, vou ver se na altura em que as agendar os gânglios continuam iguais. Se sim, marco a ecografia. Caso contrário, faço só as análises que já estavam previstas. Durante este tempo, se eles aumentarem, faço ecografia sem pestanejar. Uma vez que a vacina da gripe vai estar ali pelo meio, para não interferir, mais uma vez, peço para administrar no braço direito, se não isto nunca mais acaba. Se houver uma terceira dose para Covid tenho de estudar a melhor estratégia.
Ontem fiquei a conhecer um outro tipo de dor. Estou com cistite, com tudo a que tenho direito, como disse a médica que me atendeu ontem na urgência.
Tive dor renal e inicialmente confundi com uma lombalgia que estava a parecer cada vez mais sinistra. É muito estranho nenhuma posição na cama trazer algum conforto ou alívio e foi assim que acordei às 6h da manhã de ontem, pouco tempo depois do céu ter aberto as goelas com uma trovoada como já não me recordava. Passei o dia com dores persistentes no fundo das costas, no entanto só ao fim da tarde é que percebi que não era na coluna mas sim um pouco deslocada para o lado esquerdo. Intrigava-me ter surgido repentinamente, porque a minha experiência em lombalgias é de um aumento progressivo ao longo dos dias e encontrava sempre uma determinada posição que me trazia algum alívio. Desta vez não. Troquei de colchão e almofada há poucas semanas e depois de ter acordado daquela forma estava desanimada, a pensar que o colchão novo estava a ficar insuportável como o anterior.
Fiz mais tarde a associação a rim, sem grande certeza, porque sábado passado comecei a ter sintomas de infeção urinária e esse foi o dia mais complicado. Mantive boa hidratação nos dias seguintes para ver se passava e pensava que a situação estava a reverter. Afinal os rins já estavam com complicações. Isto foi uma lição para mim e vou levar a sério futuras infeções urinárias, porque está visto que pode vir a correr mal a abordagem mais tradicional da ingestão da água.
Levei uma injeção de Voltaren e estou a fazer antibiótico. As dores não regressaram para já, o que é maravilhoso.
Esta experiência foi uma nova aprendizagem para conhecer mais um pouco o comportamento do meu corpo.