Ainda estou a processar esta última semana e meia. Iniciei o estágio no dia 22 de fevereiro e a 14 de março fui convidada a trabalhar na empresa, já a partir de abril. Uma das colaboradoras vai ficar até ao final do próximo mês, estiveram a avaliar-me naqueles poucos dias em que estive a apoiar as várias áreas do departamento onde me encontro e viram que tinha perfil para lá trabalhar. Encontro-me em formação com ela, a partir de terça-feira começo a entrar no mesmo turno. O que estava inicialmente delineado seria desenvolver o tema do meu relatório de estágio noutro departamento, a partir de 16 de março. Devido a esta situação, que ainda não está formalizada, gerou-se então mudança de planos quanto ao tema a trabalhar, mas a empresa já entrou em contacto com a instituição onde estou a estudar, informando-os do assunto. Quando fui à entrevista durante a fase de seleção de potenciais empresas do meu interesse, percebi que lá haveria uma forte possibilidade de conseguir trabalho após a conclusão do curso, ao contrário de outros locais.
Quis muito ter alguma tranquilidade, pois vivi anos conturbados. Com o aproximar do fim do curso preocupava-me como iria correr a procura de trabalho devido à idade, ao background profissional que poderia ser irrelevante para as empresas que, aliado à idade, levaria a afastar uma eventual contratação. Pensei seriamente, vezes sem conta, se seria uma boa aposta formar-me novamente. Não queria passar por outro fiasco. Felizmente, posso acreditar que consegui atravessar essa montanha. Independentemente disso, a minha principal meta é ter o certificado na mão, ainda que a conclusão da licenciatura esteja envolta de uma responsabilidade acrescida.
Não só eu fiquei mais tranquila, como a minha mãe. Acho que ela finalmente percebeu que este novo caminho que comecei a trilhar em 2020 me vai trazer mais estabilidade do que se continuasse a insistir em manter-me na minha área de formação inicial, que era o que ela queria. O amor à profissão, por si só, não coloca comida na mesa, não paga as contas. A situação piorou quando passei a trabalhar a tempo parcial, por valores hora baixos, para poder ter as manhãs disponíveis sempre que precisasse de ir ao hospital. E foram mais de cem manhãs, em cinco anos...
Aparentemente, desta vez, é um esforço que está a ser compensado e espero que a médio/longo prazo continue a trazer frutos.
É um alívio, precisava mesmo disto!