sábado, 24 de fevereiro de 2018

Maldita sejas!

Odeio-te desde que me falaram de ti pela primeira vez. Nunca quis que fizesses parte de mim, no entanto tens-te infiltrado na minha mais profunda existência. Interferes nos dias, nas noites, nos meus sonhos. Tens o dom do escárnio e da usurpação dos planos que idealizei. Fazes-me sentir esdrúxula no pior sentido possível. Troças de mim com perversidade até me reduzires à coisa mais reles que existe no planeta.
Usas um cutelo para revolver, até ao meu âmago, a ferida que abriste ainda quando era uma jovem com o mundo pela frente. Maldita sejas, coisa doentia! Desprezo-te veementemente, infertilidade!

2 comentários:

  1. Querida PL sinto o mesmo por essa grande cabra que é a infertilidade...essa que me virá a fazer abdicar dos meus genes para poder sequer sonhar com uma probabilidade mais ou menos decente de ser mãe. A seguir à endometriose que é a causadora de tudo essa é a palavra que mais odeio.
    Também eu te desprezo profundamente infertilidade destruidora de sonhos.

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  2. Tenham fé esperança. Se eu consegui, vocês também vao ter essa felicidade.
    Grande xi coração
    Bolinha

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