Estou numa altura da vida em que vou dando conselhos que resultam das experiências que vou acumulando nesta passagem. Normalmente faço-o quando me pedem opinião, pois não quero ser invasiva.
Desta vez vou fazê-lo de forma espontânea, porque ocorreu no fim de semana um episódio que resultou de abordagens pouco apropriadas ao longo dos anos, que me estão a limitar na atualidade e irão condicionar o meu futuro. Não tem nada a ver com infertilidade, mas sim com algo bem corriqueiro como entorses. Neste momento tenho duas amigas novas, com as quais tento deslocar-me enquanto mantenho um pé suspenso. Vou andar assim pelo menos duas semanas às quais se segue um acompanhamento médico que vai tentar remediar os muitos estragos que há dentro do meu pé. Não foi a primeira, nem a segunda entorse. Aliás, perdi a conta à quantidade de vezes que este pé virou com calçado raso, em piso plano. A primeira vez, há vinte anos, em casa de chinelos, resultou num pé instantaneamente azul e gigante. Por várias razões, o único tratamento realizado foi a aplicação de Reumon Gel. A partir daí o pé nunca mais teve a mesma estabilidade. Quando ando em pisos irregulares não se passa nada. O meu marido até comentou que nunca fomos a tantos castelos como neste verão e nada aconteceu. Em piso plano e sapatilhas, deu-se a desgraça. Ouvi estiramento no tornozelo, o pé virou de uma forma absurda e não consegui apoiá-lo no chão durante uns segundos. Um edema do tamanho de uma bola de golfe surgiu nos instantes que se seguiram. Apliquei uma dose muito generosa de gelo e tomei um anti-inflamatório. Estava nas últimas horas das minhas férias e o hospital mais próximo encontrava-se a uma distância considerável. Optei por aguentar a noite e no regresso que acabou por ser antecipado umas horas, fui a um hospital perto de casa, já a pensar que o cenário do tornozelo e do pé não ia ser fabuloso. O médico disse que havia uma boa e uma má notícia. A boa é que não sofri fratura. A má é que aquilo que ele viu no raio-X é um acumular de desleixo que se não for devidamente tratado desta vez vai trazer consequências desagradáveis. Estou na eminência de começar a ter artrose. Coloquei um tornozelo elástico, aplico gelo várias vezes por dia, movo-me com o auxílio de canadianas, pois não posso apoiar o pé no chão e tenho consulta marcada para a especialidade de pé e tornozelo para saber o que aí vem.
Depois deste testamento o conselho que tenho a dar é que se fizerem alguma entorse, tratem imediatamente dela. Mesmo que pareça algo insignificante, vão ao médico. Não sabem como está o interior da estrutura que lesionaram. Antevejo que num futuro não muito longínquo vou começar a mancar e a necessitar de apoio auxiliar, porque o caos apropriou-se do meu pé/tornozelo.
Aproveito este conselho para deixar o meu! Fiz uma entorse em 2012 (de sabrinas, a descer as escadas dum cinema). Felizmente não foi muito severo mas o primeiro ortopedista que consultei disse-me claramente que não precisava de fazer fisioterapia, o que ia quase contra tudo o que li sobre o assunto! Pelo sim, pelo não, e como mal não me ia fazer, recorri a um outro ortopedista e solicitei-lhe que me prescrevesse fisioterapia para o pé! Acho que foi a melhor coisa que fiz pois já estive na eminência de torcer novamente o pé mas penso que graças à fisioterapia feita, consegui evitar novamente esse mal (ou então tive apenas sorte...) Seja como for, a fisioterapia serviu para fortalecer a zona do tornozelo e por isso deixo aqui também este conselho: peçam sempre uma segunda opinião e, na dúvida, é preferível realizarem a reabilitação do tornozelo/pé.
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