Mais uma ecografia feita. Os ovários estão carregadinhos de folículos, no entanto só 3 se estão a começar a evidenciar, do lado esquerdo. Mantém-se a esperança de que se gere um boom até quarta-feira. Os corajosos têm por enquanto 12, 12 e 11 mm. Começo a sentir algum peso na zona abdominal enquanto ando.
Quero não estar enganada, quero conseguir fazer uma punção em que se extraia alguma coisa com potencial. Desejo não passar pela desilusão de não haver fecundação. A maior ambição que tenho atualmente é de que se chegue ao ponto de poder aguardar pelo resultado da PGT-A. Aceito até um resultado que indique que não há embriões com viabilidade. Um tratamento ficar a meio gás é uma tremenda frustração. Já passei por isso várias vezes, sei quão mau é.
Um grito mudo de alguém que viveu no submundo da INFERTILIDADE e (spoiler alert!) - acabou por mudar de rumo
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
PGT-A - Dia 7
Reina a harmonia! Não deteto nenhuma atividade nos ovários. Na estimulação do ano passado comecei a sentir alguma coisa no décimo dia. Tinha feito a ecografia que antecedeu a punção. Em apenas 3 dias passei de uns folículos inferiores a 10mm para "milhentos", como referiu a médica, de tamanhos generosos.
A reação do meu corpo à estimulação vai mostrando os sinais da idade. Em 2016 por esta altura, com a mesma dosagem, já tinha dores, aumento de volume abdominal e foi necessário passar para 125UI. Em 2018 foi preciso suspender o Orgalutran e voltar a retomar, face à resposta tardia.
Poderei estar com a barriga um pouco inchada mas ainda não estou muito certa disso.
O dia de amanhã vai ser peculiar. Começo a manhã num hospital para fazer fisioterapia, em seguida vou para o HSJ. À tarde vou acompanhar o meu marido a outro hospital, porque daqui a uns meses vai fazer novamente cirurgia a hérnia inguinal bilateral. Em 2014 fez cirurgia aberta e em nenhum momento foi dada a indicação de que esse tipo de procedimento poderia trazer complicações devido à manipulação dos canais deferentes, causando infertilidade. Desta vez falámos com a médica do serviço de cirurgia sobre o assunto e a via laparoscópica é a mais segura, contudo não é certo que vá ser esse o procedimento. Está referenciada a preferência pela laparoscopia mas vai depender da existência de material apropriado na altura da intervenção e da disponibilidade da equipa. Uma bodega, portanto... A forma de intervenção não deveria depender deste tipo de condicionamentos. Como a cirurgia será daqui a cerca de 6 meses, não vai influenciar este tratamento. Contudo, supondo que a PGT-A não dê em nada, não faremos mais tratamentos de PMA, mas a porta não fica fechada para um "milagre" de uma gravidez espontânea. Não vou viver obcecada com isso, é certo, mas podendo deixar as vias desimpedidas, nunca se sabe.
A reação do meu corpo à estimulação vai mostrando os sinais da idade. Em 2016 por esta altura, com a mesma dosagem, já tinha dores, aumento de volume abdominal e foi necessário passar para 125UI. Em 2018 foi preciso suspender o Orgalutran e voltar a retomar, face à resposta tardia.
Poderei estar com a barriga um pouco inchada mas ainda não estou muito certa disso.
O dia de amanhã vai ser peculiar. Começo a manhã num hospital para fazer fisioterapia, em seguida vou para o HSJ. À tarde vou acompanhar o meu marido a outro hospital, porque daqui a uns meses vai fazer novamente cirurgia a hérnia inguinal bilateral. Em 2014 fez cirurgia aberta e em nenhum momento foi dada a indicação de que esse tipo de procedimento poderia trazer complicações devido à manipulação dos canais deferentes, causando infertilidade. Desta vez falámos com a médica do serviço de cirurgia sobre o assunto e a via laparoscópica é a mais segura, contudo não é certo que vá ser esse o procedimento. Está referenciada a preferência pela laparoscopia mas vai depender da existência de material apropriado na altura da intervenção e da disponibilidade da equipa. Uma bodega, portanto... A forma de intervenção não deveria depender deste tipo de condicionamentos. Como a cirurgia será daqui a cerca de 6 meses, não vai influenciar este tratamento. Contudo, supondo que a PGT-A não dê em nada, não faremos mais tratamentos de PMA, mas a porta não fica fechada para um "milagre" de uma gravidez espontânea. Não vou viver obcecada com isso, é certo, mas podendo deixar as vias desimpedidas, nunca se sabe.
sábado, 28 de setembro de 2019
PGT-A - Dia 6
Ando tão relaxada que só me lembrei da injeção às 22h em vez de administrar às 21h. Já me ia esquecer também de começar o Orgalutran. Não me vou autoflagelar por causa disso, até fico aliviada por estar assim. Só devo evitar perpetuar estes esquecimentos.
Matei "saudades" da agulha do Orgalutran e da teimosia que por vezes evidencia a atravessar a pele. Sinto o líquido a fervilhar ligeiramente aqui na zona. Está a fazer a sua magia, espero eu.
O meu querido pé direito está no seu inchaço de fim de semana. Estou a habituar-me de tal forma a isto, que já me custa a acreditar que ele vá deixar de ter este comportamento. Tenho dado folga da ortótese ao sábado, pois habitualmente estou em casa, mas ele parece não gostar. Vou ter de continuar a manter a minha pulseira eletrónica a fazer compressão.
Matei "saudades" da agulha do Orgalutran e da teimosia que por vezes evidencia a atravessar a pele. Sinto o líquido a fervilhar ligeiramente aqui na zona. Está a fazer a sua magia, espero eu.
O meu querido pé direito está no seu inchaço de fim de semana. Estou a habituar-me de tal forma a isto, que já me custa a acreditar que ele vá deixar de ter este comportamento. Tenho dado folga da ortótese ao sábado, pois habitualmente estou em casa, mas ele parece não gostar. Vou ter de continuar a manter a minha pulseira eletrónica a fazer compressão.
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
PGT-A - Dia 5
A ecografia está feita. Os folículos ainda estão pequeninos mas encontram-se em abundância. No ovário esquerdo há 26 e no direito 22. Amanhã começo o Orgalutran e segunda repito ecografia. Perspetiva-se que a qualquer momento os folículos cresçam descontroladamente.
Em relação ao relatório de anatomia patológica da biópsia que fiz em fevereiro, posso ficar tranquila. A questão que me apoquentava dos marcadores ilibam somente a existência de endometrite crónica. Não há nada transversal de caráter oncológico. Nos poucos minutos que esperei para saber o parecer que o profissional de Anatomia Patológica tinha dado à médica, o meu coração acelerou. Foi mais um peso que me saiu de cima.
Em relação ao relatório de anatomia patológica da biópsia que fiz em fevereiro, posso ficar tranquila. A questão que me apoquentava dos marcadores ilibam somente a existência de endometrite crónica. Não há nada transversal de caráter oncológico. Nos poucos minutos que esperei para saber o parecer que o profissional de Anatomia Patológica tinha dado à médica, o meu coração acelerou. Foi mais um peso que me saiu de cima.
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
PGT-A - Dia 4
Daqui a cerca de 12h saberei se o Menopur está a despertar as criaturinhas adormecidas. Vai ser também revelada a medicação que irei introduzir gradualmente no protocolo.
Há mais de um mês que convivo diariamente com dores. Ando com uns problemas além do tornozelo, que estão a demorar a passar e que, mesmo enquanto durmo, me causam permanente dor. Não estou bem em nenhuma posição. Ao sofrimento natural acresce a fisioterapia, três vezes por semana. Lá faço ultrassom, eletroestimulação, massagem (o momento de tortura indescritível) e exercícios com elásticos, bola e outros dispositivos. Gostava que a dor me desse tréguas durante uns dias mas não, a hiperestimulação deve estar a preparar-se para vir em força. O meu corpo não anda numa boa fase. Em contrapartida recebi hoje o resultado da análise que fiz ontem à TSH e T4 e felizmente o acerto do Eutirox está a dar frutos, que alívio! Noto alguns efeitos da alteração no funcionamento da tiróide, principalmente no cabelo e pele. As hormonas são umas manipuladoras de primeira!
Há mais de um mês que convivo diariamente com dores. Ando com uns problemas além do tornozelo, que estão a demorar a passar e que, mesmo enquanto durmo, me causam permanente dor. Não estou bem em nenhuma posição. Ao sofrimento natural acresce a fisioterapia, três vezes por semana. Lá faço ultrassom, eletroestimulação, massagem (o momento de tortura indescritível) e exercícios com elásticos, bola e outros dispositivos. Gostava que a dor me desse tréguas durante uns dias mas não, a hiperestimulação deve estar a preparar-se para vir em força. O meu corpo não anda numa boa fase. Em contrapartida recebi hoje o resultado da análise que fiz ontem à TSH e T4 e felizmente o acerto do Eutirox está a dar frutos, que alívio! Noto alguns efeitos da alteração no funcionamento da tiróide, principalmente no cabelo e pele. As hormonas são umas manipuladoras de primeira!
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
PGT-A - Dia 3
A minha pele anda estranha de há uns anos para cá e reage a coisas insignificantes. Esta tarde apercebi-me de uma vermelhidão, não é hematoma, à volta do local da picada de ontem mas não tenho prurido. Sinto um incómodo quando encosto a barriga a algum sítio, no entanto não é ainda da atividade ovárica. É apenas o normal da administração das injeções. Estou a lembrar-me agora que quando suspendi o Lovenox em dezembro, os hematomas só desapareceram na totalidade três ou quatro meses depois.
Esta manhã fiz outra colheita de sangue, solicitada pelo endocrinologista, para avaliar se a alteração de Eutirox ao fim de semana é apropriada para normalizar os níveis de TSH. Daqui a dois dias saberei se o empurrãozinho que estou a dar aos ovários está a resultar.
O pé, esse, enfim...
Esta fase não tem uma dose de adrenalina muito acentuada basicamente porque não se notam evidências físicas. No meu caso elas existem devido à SOP. Possivelmente vão começar a manifestar-se no início da próxima semana.
Esta manhã fiz outra colheita de sangue, solicitada pelo endocrinologista, para avaliar se a alteração de Eutirox ao fim de semana é apropriada para normalizar os níveis de TSH. Daqui a dois dias saberei se o empurrãozinho que estou a dar aos ovários está a resultar.
O pé, esse, enfim...
Esta fase não tem uma dose de adrenalina muito acentuada basicamente porque não se notam evidências físicas. No meu caso elas existem devido à SOP. Possivelmente vão começar a manifestar-se no início da próxima semana.
terça-feira, 24 de setembro de 2019
PGT-A - Dia 2
Segunda injeção administrada. O Menopur não me é desconhecido, foi usado na estimulação da segunda tentativa de IIU que acabou cancelada por ter 7 ou 8 folículos dominantes.
Até agora só faço Eutirox, Ovusitol-D e Menopur. Como os tomo em períodos diferentes do dia, e é pouca coisa por enquanto, quase me esqueço dos dois últimos.
Ainda é muito cedo para sentir o frenesim de pipocas prestes a rebentar. O milho está a aquecer e espero que esta sementeira, praticamente quarentona, ainda tenha nutrientes suficientes para uma colheita de qualidade.
A fisioterapia continua, três vezes por semana. No sábado passado estive a fazer algumas tarefas domésticas que não exigiam um esforço extraordinário. O meu tornozelo não gostou e inchou bastante.
A ortótese é atualmente o meu porto seguro. Apelido-a carinhosamente de pulseira eletrónica, porque quando visto umas calças mais justas, vê-se uma proeminência da fivela elástica que prende à volta da perna, como se fosse um localizador. Tenho um enorme receio de fazer outra entorse, principalmente nesta fase de recuperação. Realizar uma cirurgia nesta zona não está nos meus planos mais imediatos, nem mesmo a longo prazo.
Na minha agenda tenho registado atualmente pouco mais que exames, consultas, análises, fisioterapia. Sim, escrevo numa agenda em papel. Prefiro ter esse tipo de informação anotado em algo palpável, onde possa virar páginas, do que andar a friccionar um ecrã, dependente de baterias para poder organizar o meu quotidiano. Gosto q.b. de tecnologia embora já tivesse mais interesse. Há coisas, no entanto, em que sou mais tradicional. Agendas para mim, têm de ser em papel, mas não serve qualquer uma. Aprecio determinadas formas de apresentar os dias da semana e as horas.
Até agora só faço Eutirox, Ovusitol-D e Menopur. Como os tomo em períodos diferentes do dia, e é pouca coisa por enquanto, quase me esqueço dos dois últimos.
Ainda é muito cedo para sentir o frenesim de pipocas prestes a rebentar. O milho está a aquecer e espero que esta sementeira, praticamente quarentona, ainda tenha nutrientes suficientes para uma colheita de qualidade.
A fisioterapia continua, três vezes por semana. No sábado passado estive a fazer algumas tarefas domésticas que não exigiam um esforço extraordinário. O meu tornozelo não gostou e inchou bastante.
A ortótese é atualmente o meu porto seguro. Apelido-a carinhosamente de pulseira eletrónica, porque quando visto umas calças mais justas, vê-se uma proeminência da fivela elástica que prende à volta da perna, como se fosse um localizador. Tenho um enorme receio de fazer outra entorse, principalmente nesta fase de recuperação. Realizar uma cirurgia nesta zona não está nos meus planos mais imediatos, nem mesmo a longo prazo.
Na minha agenda tenho registado atualmente pouco mais que exames, consultas, análises, fisioterapia. Sim, escrevo numa agenda em papel. Prefiro ter esse tipo de informação anotado em algo palpável, onde possa virar páginas, do que andar a friccionar um ecrã, dependente de baterias para poder organizar o meu quotidiano. Gosto q.b. de tecnologia embora já tivesse mais interesse. Há coisas, no entanto, em que sou mais tradicional. Agendas para mim, têm de ser em papel, mas não serve qualquer uma. Aprecio determinadas formas de apresentar os dias da semana e as horas.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Constatação
Chegámos ao piso de Medicina de Reprodução às 8h30 e a sala de espera esteve a meio da sua lotação durante um tempo considerável. Fui para a sala de espera de ecografia deviam ser 10h30. Estive lá algum tempo até ser chamada. Quando regressei à primeira sala deparei-me com uma fila que ia desde o secretariado até à porta, quase não havia lugar para sentar. Acho que nunca tinha visto tanta gente naquele espaço. Aos poucos o ambiente foi voltando à normalidade e reparei que as mulheres que lá estavam eram muito jovens, arriscaria dizer que uma parte significativa com menos de 30 anos.
Que mudança houve de um ano para outro!
Será que as pessoas estão mais informadas para a questão da infertilidade? Será que não houve aceitação durante muito tempo e agora se dão mais votos de confiança à medicina? Será que o estilo de vida tem contribuído para que, cada vez mais cedo, se tenha limitações na capacidade reprodutiva?
Tenho-me apercebido em diferentes quadrantes de mudanças na forma como a infertilidade é encarada. Claro que há sempre denominadores comuns mas notam-se diferenças, também devido a algumas inovações que foram surgindo e cujo feedback rapidamente se propagou pelos diversos canais disponíveis na internet. Tive oportunidade de assistir a essa evolução, porque não saio da cepa torta. Sou uma paleoinfértil que tem passado muitas (infinitas) horas a ler, ler, ler, pois a qualquer instante pode surgir a descoberta do século que me vai garantir que tudo vai correr de feição e não terei mais de me preocupar.
Que mudança houve de um ano para outro!
Será que as pessoas estão mais informadas para a questão da infertilidade? Será que não houve aceitação durante muito tempo e agora se dão mais votos de confiança à medicina? Será que o estilo de vida tem contribuído para que, cada vez mais cedo, se tenha limitações na capacidade reprodutiva?
Tenho-me apercebido em diferentes quadrantes de mudanças na forma como a infertilidade é encarada. Claro que há sempre denominadores comuns mas notam-se diferenças, também devido a algumas inovações que foram surgindo e cujo feedback rapidamente se propagou pelos diversos canais disponíveis na internet. Tive oportunidade de assistir a essa evolução, porque não saio da cepa torta. Sou uma paleoinfértil que tem passado muitas (infinitas) horas a ler, ler, ler, pois a qualquer instante pode surgir a descoberta do século que me vai garantir que tudo vai correr de feição e não terei mais de me preocupar.
PGT-A - Dia 1
Chegou o grande dia, o princípio do fim. Estava bem disposta mas dentro de mim há algumas preocupações.
Comecei com a habitual ecografia, seguida de consulta, ensino com a enfermeira e colheita de sangue.
Este processo tem um consentimento informado diferente dos tratamentos anteriores. Vão ser feitas algumas alterações na medicação, só soube por enquanto o que vou fazer até sexta. Esta estimulação será com Menopur 150UI e vou tomar Ovusitol-D. Depois da ecografia que faço no final da semana, saberei o que segue. A médica analisou a minha resposta às estimulações anteriores e prevê que a punção seja no dia 4 de outubro, como eu tinha também calculado em agosto.
Entreguei-lhe o relatório da biópsia que fiz no CUF Descobertas, apesar de ter enviado o mesmo por mail na altura em que o recebi. Como referi num post, havia uma menção no relatório sobre um marcador positivo que pode estar relacionado com linfoma. Além disso, nunca me saiu da cabeça que quando fiz despiste de trombofilias, uma parte significativa dos linfócitos tinha uma alteração. Devido a todos os antecedentes familiares de cancro que me assombram há muito tempo, linfoma incluído, falei do assunto à médica. Ela disse não conhecer aquele marcador e o que significa exatamente aquela frase, mas entende a minha preocupação. Ficou de mostrar a um colega especialista para dar o seu parecer.
Falei também do meu receio em relação à dificuldade real dos embriões evoluírem até ao quinto dia, uma vez que no ano passado, nenhum dos 11 que permaneceu em cultura chegou a esse patamar com sucesso. A médica respondeu que essa situação corrobora a tese da falta de qualidade e da forte possibilidade de anomalias.
Quanto à dosagem de Menopur, não faz sentido começar com uma dose mais baixa, pois os ovários certamente não iriam reagir. Assim teremos de contar com nova hiperestimulação.
Alertei para a alteração na TSH. Ficou o registo e deixei a médica preocupada, embora esta tenha tranquilizado quando se lembrou que não faria agora transferência. O compasso de espera até se conhecerem eventuais resultados do rastreio, será suficiente para normalizar a função tiroideia. Antes sequer de entrar no gabinete ela já tinha colocado na prescrição da análise que iria realizar a seguir o controlo de TSH, como é habitual. De qualquer maneira, quarta-feira vou repetir a análise que o endocrinologista mandou fazer.
Agora vou explicar todos os cenários possíveis, contando que há punção:
1 - Podem não haver ovócitos maduros e não há fecundação, pelo que resta como alternativa os dois mini-nós criopreservados. Não sei que estratégia seguiria depois desta possibilidade.
2 - Há fecundação e nenhum dos embriões, tanto os que já existem que vão ser descongelados, como os novos, apresenta qualidade adequada no quinto dia. Acaba tudo.
3 - Vitória! Conseguem-se sobreviventes no quinto dia mas a biópsia é fatal. O tratamento pode acabar ou não, depende do número de baixas.
3.1 - Temos resistentes! A PGT-A revela que são todos aneuploides. Acaba tudo.
3.2 - Temos resistentes! A PGT-A revela que há viabilidade num ou mais embriões. Segue(m)-se TEC.
3.2.1 - TEC realizada(s). Sucesso (gravidez com princípio, meio e final feliz) / Acaba tudo.
Como se vê, até chegar à parte do final feliz, vai ser uma aventura.
Espero sinceramente que, independentemente do final ser mais ou menos auspicioso, não me caia uma bomba no colo fruto da pequena frase do relatório da biópsia feita no CUF Descobertas. Seria a maior facada de todos estes anos.
Comecei com a habitual ecografia, seguida de consulta, ensino com a enfermeira e colheita de sangue.
Este processo tem um consentimento informado diferente dos tratamentos anteriores. Vão ser feitas algumas alterações na medicação, só soube por enquanto o que vou fazer até sexta. Esta estimulação será com Menopur 150UI e vou tomar Ovusitol-D. Depois da ecografia que faço no final da semana, saberei o que segue. A médica analisou a minha resposta às estimulações anteriores e prevê que a punção seja no dia 4 de outubro, como eu tinha também calculado em agosto.
Entreguei-lhe o relatório da biópsia que fiz no CUF Descobertas, apesar de ter enviado o mesmo por mail na altura em que o recebi. Como referi num post, havia uma menção no relatório sobre um marcador positivo que pode estar relacionado com linfoma. Além disso, nunca me saiu da cabeça que quando fiz despiste de trombofilias, uma parte significativa dos linfócitos tinha uma alteração. Devido a todos os antecedentes familiares de cancro que me assombram há muito tempo, linfoma incluído, falei do assunto à médica. Ela disse não conhecer aquele marcador e o que significa exatamente aquela frase, mas entende a minha preocupação. Ficou de mostrar a um colega especialista para dar o seu parecer.
Falei também do meu receio em relação à dificuldade real dos embriões evoluírem até ao quinto dia, uma vez que no ano passado, nenhum dos 11 que permaneceu em cultura chegou a esse patamar com sucesso. A médica respondeu que essa situação corrobora a tese da falta de qualidade e da forte possibilidade de anomalias.
Quanto à dosagem de Menopur, não faz sentido começar com uma dose mais baixa, pois os ovários certamente não iriam reagir. Assim teremos de contar com nova hiperestimulação.
Alertei para a alteração na TSH. Ficou o registo e deixei a médica preocupada, embora esta tenha tranquilizado quando se lembrou que não faria agora transferência. O compasso de espera até se conhecerem eventuais resultados do rastreio, será suficiente para normalizar a função tiroideia. Antes sequer de entrar no gabinete ela já tinha colocado na prescrição da análise que iria realizar a seguir o controlo de TSH, como é habitual. De qualquer maneira, quarta-feira vou repetir a análise que o endocrinologista mandou fazer.
Agora vou explicar todos os cenários possíveis, contando que há punção:
1 - Podem não haver ovócitos maduros e não há fecundação, pelo que resta como alternativa os dois mini-nós criopreservados. Não sei que estratégia seguiria depois desta possibilidade.
2 - Há fecundação e nenhum dos embriões, tanto os que já existem que vão ser descongelados, como os novos, apresenta qualidade adequada no quinto dia. Acaba tudo.
3 - Vitória! Conseguem-se sobreviventes no quinto dia mas a biópsia é fatal. O tratamento pode acabar ou não, depende do número de baixas.
3.1 - Temos resistentes! A PGT-A revela que são todos aneuploides. Acaba tudo.
3.2 - Temos resistentes! A PGT-A revela que há viabilidade num ou mais embriões. Segue(m)-se TEC.
3.2.1 - TEC realizada(s). Sucesso (gravidez com princípio, meio e final feliz) / Acaba tudo.
Como se vê, até chegar à parte do final feliz, vai ser uma aventura.
Espero sinceramente que, independentemente do final ser mais ou menos auspicioso, não me caia uma bomba no colo fruto da pequena frase do relatório da biópsia feita no CUF Descobertas. Seria a maior facada de todos estes anos.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
Sonhos, será que não vão passar disso?
Há muito tempo que não sonhava que estava grávida. Na noite passada voltou a acontecer. Encontrava-me no final da gravidez, não sabia muito bem como é que estava já naquele ponto sem me ter apercebido antes.
Tinha uma barriga relativamente pequena, o meu corpo só tinha aumentado nessa parte, fiquei contente por ter sido assim. A dada altura toquei do lado direito da barriga e senti uns ossinhos que me pareciam das mãos. Não sei se se consegue perceber com esse detalhe, mas no sonho era bem evidente. Comecei a refletir e constatei que estando no fim da gestação, nunca tinha detetado pontapés ou movimentos do pequeno.
Foi mais um sonho que me mostra como isto ainda me afeta. Daqui a uma semana começo as injeções. Será o princípio do fim.
Quarta-feira termino a pílula, estou com perdas castanhas e dores menstruais pontuais desde o décimo dia do ciclo.
Amanhã começo a fisioterapia. A lesão no tornozelo é grave. Não justifica ainda a realização de cirurgia mas os próximos tempos são cruciais. Outra entorse durante a recuperação não me vai livrar da sala de operações. Vou tratar da parte muscular para a tornar mais forte, uma vez que não posso contar com os ligamentos para me manter estável. Quem me vir a andar deve achar que está tudo bem, contudo o interior do tornozelo está caótico. Os dois lados foram afetados e há muita coisa antiga que se faz notar.
Tinha uma barriga relativamente pequena, o meu corpo só tinha aumentado nessa parte, fiquei contente por ter sido assim. A dada altura toquei do lado direito da barriga e senti uns ossinhos que me pareciam das mãos. Não sei se se consegue perceber com esse detalhe, mas no sonho era bem evidente. Comecei a refletir e constatei que estando no fim da gestação, nunca tinha detetado pontapés ou movimentos do pequeno.
Foi mais um sonho que me mostra como isto ainda me afeta. Daqui a uma semana começo as injeções. Será o princípio do fim.
Quarta-feira termino a pílula, estou com perdas castanhas e dores menstruais pontuais desde o décimo dia do ciclo.
Amanhã começo a fisioterapia. A lesão no tornozelo é grave. Não justifica ainda a realização de cirurgia mas os próximos tempos são cruciais. Outra entorse durante a recuperação não me vai livrar da sala de operações. Vou tratar da parte muscular para a tornar mais forte, uma vez que não posso contar com os ligamentos para me manter estável. Quem me vir a andar deve achar que está tudo bem, contudo o interior do tornozelo está caótico. Os dois lados foram afetados e há muita coisa antiga que se faz notar.
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