Chegámos ao piso de Medicina de Reprodução às 8h30 e a sala de espera esteve a meio da sua lotação durante um tempo considerável. Fui para a sala de espera de ecografia deviam ser 10h30. Estive lá algum tempo até ser chamada. Quando regressei à primeira sala deparei-me com uma fila que ia desde o secretariado até à porta, quase não havia lugar para sentar. Acho que nunca tinha visto tanta gente naquele espaço. Aos poucos o ambiente foi voltando à normalidade e reparei que as mulheres que lá estavam eram muito jovens, arriscaria dizer que uma parte significativa com menos de 30 anos.
Que mudança houve de um ano para outro!
Será que as pessoas estão mais informadas para a questão da infertilidade? Será que não houve aceitação durante muito tempo e agora se dão mais votos de confiança à medicina? Será que o estilo de vida tem contribuído para que, cada vez mais cedo, se tenha limitações na capacidade reprodutiva?
Tenho-me apercebido em diferentes quadrantes de mudanças na forma como a infertilidade é encarada. Claro que há sempre denominadores comuns mas notam-se diferenças, também devido a algumas inovações que foram surgindo e cujo feedback rapidamente se propagou pelos diversos canais disponíveis na internet. Tive oportunidade de assistir a essa evolução, porque não saio da cepa torta. Sou uma paleoinfértil que tem passado muitas (infinitas) horas a ler, ler, ler, pois a qualquer instante pode surgir a descoberta do século que me vai garantir que tudo vai correr de feição e não terei mais de me preocupar.
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