Estou há perto de uma década a enfrentar o maior desafio que a vida me colocou à frente. Oito anos sem resultados. Quando me aventurei neste caminho não cogitei acerca do tempo que iria dedicar-me a esta causa. Inocentemente idealizei que 35 anos era o limite ideal para entrar no mundo da maternidade. A um passo dos 40 anos esta história ainda não acabou. Poderá terminar este mês, se da parte do Departamento de Genética as notícias não forem animadoras. Caso as nossas células se tenham entendido de forma biologicamente apropriada, a situação vai arrastar-se mais alguns meses, com aquela incógnita típica das transferências.
Daqui a umas duas semanas os meus pensamentos vão começar a estar direcionados para o resultado do rastreio por fazer um mês que a biópsia foi realizada. Até ao fim de novembro devo saber alguma coisa. A par disso estou a finalizar a fisioterapia ao pé. Vou ficar com sequelas às quais terei de me habituar. Ando também a efetuar outros exames por problemas que têm surgido. O fantasma oncológico e uma questão inflamatória que tem de ser esclarecida estão a ser investigados. Desde meados de agosto vou a hospitais/clínicas de diagnóstico com uma frequência quase diária (nos dias úteis). Além daquilo que está agendado ainda vou marcar mais dois exames aos quais se poderá seguir outro, só para uma das coisas que está a ser estudada. Na semana passada apareceu outra "surpresa" a que deverei estar atenta para ver se cresce, volta a doer ou desaparece. Estou a tratar disto tudo agora, enquanto não surge nenhum aviso de que farei alguma TEC. Aguardam-me algumas consultas, uma sedação no dia 14 e outros exames que não poderia fazer se estivesse numa fase de transferência.
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