Terminou ontem, para mim, a época de exames do 1.° semestre e segunda-feira começa o 2.°. Passou de forma rápida, a um ritmo frenético. Desta vez e, por enquanto, será integralmente online. É deprimente. Imagino que para os miúdos que não estão a conhecer o ensino superior de outra forma, sem ser em contexto pandémico, não vá ficar aquela nostalgia que tive oportunidade de vivenciar.
Já tenho alguma dificuldade em crer que vá passar algum tempo do curso sem interferência da pandemia. Desde há um ano que a palavra Covid passou a integrar o nosso quotidiano. O curso é de 3 anos e um semestre já lá vai. O meu mantra é: foca-te, só faltam 5 semestres!
Fora isso, o que há de novo? Felizmente está tudo bem, o bichito manteve-se afastado da minha família, até ao momento. Sou especialista em confinamento desde sempre (os meus pais foram uns visionários) e passo facilmente 3 semanas enfiada em casa. Só não estou mais tempo de forma ininterrupta, porque o milagre da multiplicação de alimentos não sucede dentro da minha casa. Outro tipo de milagre também não se deu aqui, mas sobre esse capítulo já estou conformada. A propósito, comecei esta semana a preparação intensiva para a primavera, com tudo a que tenho direito. Tive consulta de imunoalergologia, então abasteci-me na farmácia de mais alguns amigos. Estou a providenciar que a minha qualidade de vida melhora, conseguindo coabitar harmoniosamente com todos os agentes alergénicos que me infernizam, meses a fio. Finalmente, após quase uma década, vou passar um ano sem desejar que a sua metade desapareça para me sentir bem.
Vou aproveitar para confessar uma coisa. Durante estes meses todos, desde julho de 2020, não tomei Provera para induzir hemorragias de privação. Deixei andar, porque pensei que ia ter alguma disponibilidade ao longo do semestre para ir a uma consulta de ginecologia. Não menstruei, que é aquilo em que me saio melhor, entretanto soube hoje como vai ser o meu horário do segundo semestre. Tenho as quintas-feiras à tarde livres. A Diretora do serviço de Medicina de Reprodução do HSJ dá consultas numa unidade privada perto da minha casa, então marquei consulta com ela no dia 18. Decidi há muito que queria que fosse ela a acompanhar-me depois de deixar o hospital. Tenho 41 anos, não sei se a abordagem medicamentosa que devo fazer atualmente na parte "menstrual" é a mesma que fiz ao longo das décadas. Ainda há umas semanas me pus a pensar no sentido de manter cá os ovários, porque do ponto de vista dos efeitos da SOP as coisas não têm melhorado, pelo contrário. O problema é que isto resulta da interação com o hipotálamo, que também não funciona de forma adequada. Remover os ovários não resolveria a situação por si só, na medida em que o hipotálamo não é coisa que se possa tirar. Aqueles dois vão sacanear-me até à exaustão.
Também fiquei com ela depois de deixar o S. João. Aquele lado dela de poucas palavras, conforta me e já não tenho que lhe explicar o filme da minha vida ginecológica e depois tem sempre disponibilidade... também estou a dever uma consulta... mas esta pandemia baralha tudo. Beijinho grande.
ResponderEliminar