Estou a assimilar o retorno da publicação que a APFertilidade fez no Facebook relativamente ao artigo. Não sei se estou a interpretar corretamente, mas a temática é uma espécie de elefante na sala. Há uma vontade em falar sobre ela a plenos pulmões, no entanto existem fatores que reprimem esse ímpeto. Se formos analisar tudo o que envolve a infertilidade há um conjunto diversificado de tabus que assombram a forma como a enfrentamos. A sociedade que atua como um barómetro implacável, eleva a sensação de culpa e vergonha que nos acompanha na fase delicada dos tratamentos. Já não basta travarmos a nossa luta, acrescentamos ainda à equação "problemas" externos. Será mesmo a sociedade tão cruel ou nós é que damos demasiada importância àquilo que o outro pode achar a nosso respeito?
Do feedback que tive fiquei a perceber que deveria ter disponibilizado no blogue uma alternativa de contacto direto comigo. Como nunca desativei os comentários dos posts, pensei nestes anos todos que, no de caso de alguém querer comunicar comigo, o faria por aí. Estive hoje a ver que ferramentas o Blogger tem disponíveis e existe a possibilidade de preencher um formulário de contacto. Serei notificada no e-mail que tenho associado à conta e, a partir daí, poderei interagir com quem assim entender. Por uma questão de privacidade prefiro essa via a deixar visível um e-mail. Não significa que estou fechada a comunicações!
Tenho sentido um abraço gigantesco, contudo foi meu objetivo principal pôr a pensar. Não há regras para definir limites, dependem da vivência de cada um e de um enorme exercício de autoconhecimento.
Obrigada pelo carinho que tenho recebido ao longo destes anos. Gostava de um dia poder aqui divulgar que mais nada há a descobrir sobre medicina da reprodução e que todos os problemas têm uma solução fácil.
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