Aproxima-se o final desta etapa.
Fisicamente não foi dolorosa. Só a tensão mamária que permanece desde o dia 20 é que posso classificar como incomodativa, principalmente quando ando.
O top do sofrimento dos tratamentos que fiz até hoje foi a fase final da estimulação e o pós-punção. Desejava imenso que não fosse necessário voltar a repetir.
Emocionalmente confesso que desde a estimulação até à criopreservação dos mini-nós o stress foi uma constante. Ao contrário de muitas pessoas que passam por estes tratamentos e descrevem a espera até ao beta como a mais sufocante, não sou da mesma opinião. Se tiver de fazer novas TEC, acredito que passe também a pensar assim e varra temporariamente da memória tudo o que aconteceu antes.
Como não estou habituada a menstruar normalmente, livrei-me da desilusão de dar de caras com um cenário sangrento antes de fazer o beta. Porém a dúvida sobre o resultado é ainda maior.
Independentemente do que acontecer amanhã mantenho a confiança no serviço de Medicina de Reprodução do HSJ.
No dia da TEC perguntei se, em situação de gravidez, era obrigada a ser acompanhada na minha área de residência. A boa notícia é que posso escolher e há alguns anos foi criado no HSJ um serviço de consulta para quem recorreu a técnicas de PMA. Na prática funciona como as demais consultas de obstetrícia, mas o enquadramento deve ser diferenciado, tendo em conta as circunstâncias em que a gravidez ocorreu. Não tenho dúvidas que é lá que quero ser seguida, apesar de não serem frequentes comentários negativos acerca dos partos no primeiro hospital onde comecei as consultas de infertilidade. O que não gostei nesse local foi dos constantes adiamentos de consultas, a automatização de procedimentos sem tentar perceber muito bem quem estava ali à frente e o enorme tempo que passou até chegarem à conclusão que o HSJ era a melhor opção. Continuo convicta que esses dois anos fizeram-me perder a oportunidade de ser mãe muito antes do que alguma vez irá acontecer.
Vou aproveitar também esta oportunidade para agradecer às lutadoras que estão no mesmo barco, pelo apoio incondicional que têm demonstrado, tanto aqui, no meu espaço virtual, como no fórum onde nos "conhecemos". Nunca nos vimos fisicamente, contudo é caricato que neste mundo obscuro que não desejávamos conhecer, as coincidências da vida levaram até que encontrasse uma conterrânea!
Não é um texto de despedida. É tão somente uma forma de organizar o turbilhão de ideias que saltitam entre um ou outro neurónio.
Amanhã dou novidades (sem filtro).
So para dizer que estou a torcer por ti!!!😊 ++++++++++++++++
ResponderEliminarAqui a conterrânea espera que a esta hora já tenhas boas notícias ;)
ResponderEliminar