Tenho vindo a refletir acerca da pertinência deste espacinho virtual. Há algumas ideias a saltitar na minha mente e lembrei-me que há uma ferramenta que poderá ajudar um pouco a clarificar o que fazer em intervenções futuras. Digamos que estou a tratar do plano B do blogue, porque não o quero deixar a ganhar pó quando terminar a luta.
Quando procuramos alguma informação na internet aterramos em páginas com as quais temos afinidade, outras estão completamente fora do nosso objeto de pesquisa. Este blogue pode ser útil para algumas pessoas, assim como completamente irrelevante para quem, por engano ou não, veio cá parar. Nem todos os que lêem conteúdos nas redes participam nas páginas em que tal é permitido, nem têm qualquer obrigação de o fazer. Por exemplo, é totalmente legítimo que visitem esta página e não digam nada nos comentários. Cada um é livre de escolher como quer relacionar-se com o blogue.
Penso muitas vezes que agora que estou a chegar à quarta década de vida, fiquei "tagarelas" no que diz respeito à escrita. Enquanto estudante, sintetizava todas as ideias em poucas palavras, de uma forma clara. Agora sinto necessidade de deixar as palavras fluírem. No trato com as pessoas continuo reservada, sempre fui mais ouvinte que conselheira.
Voltando ao assunto do questionário que, assim como no blogue só participará quem quer, o alcance que pretendo atingir com esse instrumento é simples. Eu, e acredito que a maior parte das pessoas que procura este tipo de partilha tão pessoal, procuramos conforto para uma parte da vida que nos é difícil. Queremos acabar com aquela questão persistente "porquê eu, porquê a nós?" Ansiamos por soluções, milagres que resolvam de uma vez por todas o nosso sofrimento. É certo que não é com a desgraça alheia que encontramos o sentido de tudo e o alívio que almejamos, mas a procura de afinidade com casos semelhantes ao nosso renova a esperança.
As contas Google têm uma série de aplicativos que merecem ser explorados. Os formulários são uma das ferramentas disponibilizadas. Em primeiro lugar tentei perceber em traços gerais como usar as funcionalidades disponibilizadas. Depois, de acordo com o seu potencial, fiz um auto brainstorm dos conteúdos que iria incluir. Verifiquei que há muitas variáveis a considerar não tanto do ponto de vista técnico da aplicação, mas da infinidade de assuntos passíveis de exploração. Findas as mais de 20 secções que coloquei no questionário, vejo que está redutor, muita coisa poderia ser ainda incluída. Será relevante o que lá não consta? Provavelmente sim. Como há tantos cenários hipotéticos e específicos que podem acontecer, procurei algo mais generalista que pudesse abranger pessoas em diferentes fases do processo. Consoante a interação que possa surgir, logo vejo se o questionário faz algum sentido. De uma coisa tenho a certeza, não perco nada em colocá-lo online.
Fiz vários ensaios para ver se todas as interligações estavam bem executadas e submeti uma versão preenchida com a minha perspetiva para ver como era feito o tratamento dos dados. Embora não esteja totalmente satisfeita com o resultado, vou arriscar.
No endereço que se segue encontra-se o dito cujo
https://goo.gl/forms/FSkwPcWzJV1ZjvzO2
Aceito sugestões, isto foi feito nuns minutos livres que tive.
Outro facto que me estou a aperceber é que este processo de escrita está a desabrochar-me.
Ola!!ja preenchi o questionário.
ResponderEliminarHa duas perguntas que não sei se consegui perceber bem o que pretendias.
Que critério de aceitação mudavas na PMA
Em que circunstâncias tomou conhecimento que seria recorrer a PMA.
Se me permites um sugestão na lista de tratamentos também deveria constar Coito programado com estimulação ovárica... Fiz cinco e foi sem duvida o.pior ano que passei!!
Olá! Antes de mais, obrigada pelo contributo! A questão dos critérios tem mesmo a ver com requisitos relativos à idade, numero de tratamentos,...
EliminarAs circunstâncias está relacionado com, por exemplo, a descoberta de algum problema que só veio a ser conhecido quando se fez exames para ver se estava tudo em ordem para poder começar a "treinar", problemas com o sistema reprodutor que já se conhecia ou vieram a ser descobertos mais tarde, estar meses a fio a tentar e não conseguir engravidar...
Em relação ao coito programado estive mesmo para incluí-lo. Não o fiz, porque o Decreto de Lei n.º 32/2006, de 26 de julho não o contempla. Penso que devem estar a referir-se aos tratamentos realizados apenas nas unidades de PMA. De qualquer forma, se for consensual posso incluir. Esse período a mim também me incomodou à brava!
Nao segunda nao pensei que fosse isso! E possível voltar a responder?
ResponderEliminarEu pelo menos nesse período ja considerei tratamento...e para mim foi.mesmo mt duro a nível físico e psicológico!
Sim, podes submeter outro questionário. Se não conseguires, diz alguma coisa!
EliminarCara PL
ResponderEliminarencontrei neste blog muito conforto, pelo que foi com muito gosto que preenchi o questionário. Tenho apenas uma sugestão nas primeiras questões (idade quando começou a tentar engravidar; quando tempo demorou a ter filhos),julgo que deve ser feita uma especificação para pessoas com infertilidade secundária, referindo concretamente às tentativas sem sucesso, uma vez que tiveram pelo menos uma gravidez bem sucedida.
Devo dizer que, na infertilidade secundária, o mais terrível é que ninguém valoriza a nossa dor, porque afinal já temos um filho. E é uma dor que, pelo menos a mim, me inunda a alma todos os dias.
Sílvia
Ontem debrucei-me nas sugestões dadas. Como nunca tinha feito questionários online, estive umas horas a ver como poderia fazer alterações sem modificar muito a sequência dos assuntos. Já era tarde quando terminei e há pouco apercebi-me que uma ligação estava mal executada, pelo que as questões relativas ao tipo de infertilidade (primária ou secundária) e a área nova reservada à infertilidade secundária não aparecia. Já corrigi. Peço desculpa pelo lapso.
ResponderEliminarSeria bom que as questões não fossem todas obrigatórias. Desisti porque fiquei sem resposta - ainda não sei se a gravidez muito inicial em que me encontro será bem sucedida ou não. A partir daí, não tinha como prosseguir.
ResponderEliminarObrigada pelo feedback! Antes de mais, quero felicitar pela gravidez e espero que tudo corra pelo melhor.
EliminarFez bem alertar, irei proceder à devida correção. As questões não são todas obrigatórias, há vários contextos em que tal não é exigido. Pode ter acontecido no seu caso, pois em alguns itens (dependendo do ramo para onde vai derivar o questionário) os participantes poderão não ter informação suficiente para responder ou podem mesmo não o querer fazer.
Participo várias vezes em estudos de mercado e inquéritos destinados a teses de mestrado ou doutoramento e, sempre que verifico que as minhas respostas não se enquadram exatamente no tipo de questões colocadas, dou essa informação ao autor, quando é possível.
Logo que tenha realizado a correção comunicarei aqui. Lamento o inconveniente.
Muitos parabéns, mais uma vez!
Já corrigi, testei e neste momento julgo estar operacional.
EliminarObrigada novamente por ter avisado!
Obrigada. Está submetido. Tenho muito interesse em conhecer os resultados.
ResponderEliminarJá respondi ao questionário e acho bastante pertinente muitas das questões ali colocadas. Infelizmente, somos mais a sofrer de infertilidade do que se tem noção ☹️ mas havemos de triunfar um dia. ��❤️
ResponderEliminarFico a aguardar o resultado dos dados recolhidos. Obrigada.
Olá PL,
ResponderEliminarEncontrei este blog num forum do site "De mãe para mãe", sei que este questionário não é recente mas mesmo assim submeti.
Aproveito para dizer que desde que comecei a ler o blog ainda não consegui parar.
Parabéns pelo blog, está muito bem concebido e de certa forma ajuda com algumas dúvidas/questões que surgem e dá algum conforto pois vejo em si muita força.
Obrigada pelas palavras!
EliminarSe, apesar de tanto fracasso aqui descrito, conseguir ajudar alguém, não dou por desperdiçado o tempo que tenho dedicado a partilhar a minha história.
Não esqueci o questionário. Para lhe dar outro tipo de destaque preciso de me sentar à frente do computador, com calma. A maior parte das vezes escrevo a partir de tablet, pela portabilidade.
Admiro quem consiga começar a leitura do blogue desde o início, mas é o que faz mais sentido para mim. Há uns tempos compilei tudo num só documento e já são mais de trezentas páginas! Quando era mais nova tinha uma boa capacidade de síntese. Com o passar dos anos comecei a sofrer de verborreia com o aumento do gosto pela escrita :)