Já anunciei este projeto, participei nele e foi uma experiência que me fez pensar em coisas sobre as quais ainda não tinha refletido.
Foram realizadas até ao momento 34 entrevistas, faltam ainda 16 para os investigadores atingirem o patamar estipulado para o estudo. O que é necessário? Um computador/tablet/telemóvel, internet, algum tempo (comigo foram quase duas horas) e franqueza.
O Mário (investigador que realiza as entrevistas), deixa-nos à vontade para o tratarmos por tu. É de uma acessibilidade incrível. A entrevista flui naturalmente, sem sentirmos qualquer pressão ou acanhamento.
Poucos dias antes de ser entrevistada, tinha participado na realização do vídeo para a semana dedicada à tiróide, promovido por outras entidades. Foram duas experiências distintas e senti-me realmente bem, porque no caso do projeto ETHICO não havia a questão do tempo a limitar os raciocínios.
Tanta gente tem possibilidade de dar o seu testemunho! Basta ter realizado FIV/ICSI. Ao contrário do que acontece em muitos questionários em que as respostas são limitadas e pouco abrangentes, aqui é possível falarmos da nossa perspetiva. Não sei como vão tratar a informação, imagino que não vá ser fácil, mas também não nos compete esse trabalho :) Quase sempre que há projetos de investigação com colheita de dados através de questionário em que considero viável participar, faço-o. Acontece, no entanto, que numa parte significativa há uma ou mais questões cujas hipóteses de resposta não se enquadram ao meu caso. Quando isso acontece, envio um e-mail ao investigador. Ainda há pouco tempo preenchi um formulário sobre o impacto emocional do Covid no acompanhamento das unidades de PMA. Não havia nenhuma opção que permitisse indicar que se realizou tratamento durante este período. Contactei a investigadora alertando-a para isso.
Se temos condições de contribuir para estudos e neste caso, sentados no conforto do lar, porque atualmente as entrevistas não são presenciais, porquê não sermos parte ativa?
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