Há alturas em que a vida sofre viragens de forma inadvertida, noutras somos nós que damos um empurrãozinho à mudança.
Em sede de concertação de casal tomámos a decisão de expandir o que nos unia para uma nova dimensão. Sincronizámos os nossos relógios para a missão Filho. Chegara a hora de começarmos a dura batalha que prevíamos avizinhar-se.
Os primeiros passos consistiram em falar com a médica de família que passei a ter desde que mudei de terra e o endocrinologista que agora consultava.
A minha médica já tinha conhecimento de todo o meu historial e tratou de me encaminhar para as consultas de infertilidade do hospital da minha área de residência, pois era a única forma de conseguir ter acesso ao hospital de referência que me acompanha atualmente (Hospital de São João).
Com o endocrinologista vimos se reunia as condições para deixar a pílula e tentar engravidar de forma natural enquanto aguardava pela consulta de infertilidade. Fiz análises e ecografia, no entanto as análises não foram animadoras. O cortisol estava muito elevado e não podia dar início aos treinos enquanto não fosse apurado se era apenas uma situação passageira ou algo relevante que pudesse influenciar o resultado. Repeti a análise ao cortisol de uma forma mais específica e chegou-se à conclusão que estava tudo em condições. Os ovários obviamente estavam impecáveis por causa da pílula, embora fosse por pouco tempo.
Estava no final de 2011, com 31 anos.
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