Findo o ano letivo 94/95 dirigi-me ao consultório do médico de família.
Tinha 15 anos e contei-lhe que passaram mais de 8 meses desde a primeira e única vez que menstruei.
Tranquilamente disse-me que era normal, era da idade, quando chegasse à idade adulta e casasse, começava a ter ciclos regulares. Solicitou que fizesse análises sanguíneas e uma ecografia pélvica.
Começou o longo trajeto que me trouxe até aqui, o caminho da infertilidade.
Os exames que realizei não revelaram normalidade nos inúmeros parâmetros verificados. Ao ver os resultados, o médico ria, continuava a rir quando mudava de página e mantinha a tese que era tudo normal. Referiu que tinha um grande descontrolo hormonal, ovários poliquísticos porém, estava tudo normal! Mandou repetir os exames passado algum tempo, o que veio a acontecer.
Quando dei por mim tinha 16 anos e continuava sem menstruar.
Sempre que levava relatórios de exames, do outro lado via o médico a rir, até que um dia disse: "não me digas que te estás a transformar num homenzinho!". A testosterona estava muito elevada contudo não evidenciava ainda sinais de hirsutismo.
A minha paciência estava a esgotar-se devido à falta de soluções quando estava patente que tinha um problema a necessitar de intervenção.
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