sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Ho! Ho! Ho!

Nada de muito relevante tem acontecido por cá. Continuo na ânsia de terminar o curso, posso dizer que já estou em contagem decrescente. No final de fevereiro começo o estágio curricular, ando na fase de candidaturas a empresas. Simultaneamente com o estágio teremos também 4 unidades curriculares. Um dia da semana será integralmente passado na instituição de ensino superior para prática laboratorial e em outros dois dias, após o estágio, haverá aulas pós-laborais.

Sobre aquele episódio estranho que relatei em post anterior, a hemorragia de privação surgiu no ciclo seguinte, a tempo e horas. No mês após a regularização libertei os coágulos que se tinham acumulado e, desde então, não houve mais nenhuma anomalia.

Daqueles dois amiguinhos claviculares, cá continuam sobre o osso. Já fiz duas ecografias, estão pequenos, não constituem perigo e são o meu recuerdo das vacinas para a COVID-19. Reportei a situação na página do Infarmed no início do ano e alguns meses depois fui contactada por via telefónica para dar mais detalhes sobre a cronologia e o encaminhamento dado. Regra geral não me incomodam exceto em alguns momentos, durante a condução, porque o cinto de segurança toca exatamente na zona onde eles habitam. Levei também como bónus da vacina um gânglio intramamário para fazer companhia ao que está na outra mama.

A minha miúda de bigodes fez 11 anos, está quase desprovida de dentição e continua a surpreender-me com as aprendizagens que faz. Não tem olhos (nasceu sem eles) e está a 3 ou 4 dentes de ficar só com as gengivas. Vão faltando cada vez mais peças, mas está quase como nova 😀 Não deixa de ser a ternurenta rufia que me faz admirar cada bigode que lhe cai, cada mio que dá enquanto sonha, cada ronco que faz ao ressonar como gente grande que é, cada espirro convincente que se ouve em toda a casa, cada pêlo espalhado em todo o lado, cada abraço que me exige, cada esfoliação facial que me faz, cada massagem vigorosa que executa, cada espera numa esquina para me desafiar, cada chantagem em que se tornou mais refinada, cada momento em que mostra que entende tudo o que lhe digo.

Depois de dois anos com um Natal a meio gás, vai voltar a reunião de famílias em minha casa. É o vigésimo que vou passar sem o meu pai. Questiono-me muitas vezes como seria se ele estivesse vivo.

Estou numa paz relativa, porque o queria mesmo era já estar com o curso concluído para viver novas aventuras. Não faço pedidos ao Pai Natal e as 12 passas que ingiro na passagem de ano vão vazias de desejos, porque as coisas não caem do céu.

Desejo muita saúde a quem está desse lado, mil e um motivos para sorrir e que não perca a capacidade de sonhar.

Bom Natal!

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