quarta-feira, 31 de outubro de 2018

TEC 7 prepara-te, estou a caminho!

Após aguardar as horas da praxe pela ecografia, fui matar saudades da marquesa. O endométrio estava com 6 mm e os ovários tinham o ar sinistro de sempre. Feita a pergunta tradicional da duração dos meus ciclos, ouvi a pérola que me deixa furiosa. "Vai fazer o Decapeptyl." Após dizer, mais uma vez, que não menstruo com aquilo, a médica estava confiante que com os 6 mm muito provavelmente iria menstruar, embora houvesse uma hipótese remota de a espessura regredir (não seria inédito comigo).

Regressei à sala de espera a ferver, a pensar que os 4 meses necessários para que finalmente se pensasse em algo diferente, não tinham resultado em nada de novo. Só me lembrava que se me avisassem antecipadamente que ia voltar tudo ao mesmo, podia ter aproveitado setembro ou outubro para ir a uma clínica pedir outra opinião.

Algum tempo depois fui chamada para consulta. Ainda no corredor a Dra A. M. quis confirmar se era eu que não menstruava. Senti-me um ser humano, finalmente, após perto de 4 anos a ser acompanhada naquela unidade. Ser humano no sentido em que estavam a falar de mim, em particular, e não de "enlatados" que entram na linha de produção do vira o disco e toca o mesmo. Viram o registo da espessura do endométrio e falaram em Decapeptyl, ao que mencionei logo a ineficácia. Sugeriram Provera, como se eu nunca tivesse tentado tal medicamento mas prontifiquei-me a dizer que com esse nunca falhou.

Dei então hoje início ao ácido fólico, Provera e ao segundo dia do ciclo introduzo mais medicação. Serão dois comprimidos de Estrofem, aspirina (desta vez 150 mg) e a novidade, Lovenox 40! Finalmente a enoxaparina que eu sugerira noutras ocasiões e puseram sempre de parte. Não referiram o corticoide. Devem suspeitar que sou dos casos em que o efeito é contrário ao pretendido.

Aproveitei para perguntar relativamente à progesterona que poderia ser insuficiente, só através de análise se poderia aferir e no caso de ser baixa ter-se-ia de recorrer à via intramuscular. A diretora disse logo que lá isso não é feito. Acha até que exageram na quantidade de progesterona que prescrevem.

Quando o alerta vermelho chegar cá ligo para o hospital e por volta do sétimo dia do ciclo faço nova ecografia.

A descongelação é o que me preocupa mais neste momento.

6 comentários:

  1. Boas notícias ����
    O lovenox vai trazer o teu mini, trouxe os meus crocodilos e também vai trazer te a ti
    Porque tens medo do descongelamento?
    Vai correr bem desta vez
    ������������

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    1. Na última TEC da primeira FIV foi preciso descongelar 4 embriões para conseguir transferir 2. Pretendo fazer TEC de um, espero que um dos três aguente.

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  2. Pat a dose de aspirina e Lovenox é bem “generosa” ☺️
    Espero que seja este o plano certo para o teu happy end!

    Não te preocupes com o descongelamento. É muito raro isso acontecer com bons embriões... e os teus são bons. Quando não sobreviveram foram embriões equivalentes a D3 congelados em D5...

    Beijinho grande

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    1. Esperemos que seja o empurrão que faltava. Uma palheta era D3 e outra D5 e transferi um de cada palheta. Houve um embrião em cada uma que não desenvolveu mais. É por ter acontecido mesmo com D3 que estou receosa.

      Um beijinho para vocês 😙

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  3. Que boas notícias minha querida Pat. Desejo que seja desta que finalmente tragas o teu amor dentro de ti 😊
    Tudo de bom e esperança.
    Agora não penses nisso do descongelamento, pensa sim na oportunidade diferente e que pode funcionar!
    Emviasde

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