domingo, 26 de junho de 2016

Regresso ao planeta Terra

Antes de mais pretendo sossegar as mentes de quem vai passando por aqui e agradeço, de coração, a preocupação manifestada.

Estou bem, não estive em isolamento ou nenhum retiro espiritual a pensar na vida - não tive muito tempo - além do mais já refleti o suficiente. O motivo é bem mais corriqueiro, simples e normal na vida que há para além da infertilidade.

O interregno teve uma justificação: exames nacionais do ensino secundário. Não, não fui eu que me submeti a esse escrutínio, já passei por isso (literalmente) no século passado. Estive a preparar jovens que depositam a sua esperança num futuro risonho naqueles 120+30 minutos ou 150+30 min dos exames de disciplinas que irão condicionar parte das primeiras grandes escolhas que farão nas suas vidas. Os meus horários foram alterados e como muito próximo de mim tinha alguém também nessa situação, além de estar envolvida profissionalmente, os meus serões eram um prolongamento do que acontecia durante o dia.

Para apimentar um pouco mais a situação tive uma virose informática. Os animais do jardim zoológico em que o computador se transformou deram luta, pensei que ia ser necessário tomar medidas extremas (e não me apetecia nada). Felizmente o problema foi solucionado sem recorrer à clássica formatação.

Este post é bastante diferente daquilo que tenho vindo a publicar, contudo é tão somente reflexo de que não representamos só infertilidade, temos outro lado, o da vida, com tudo de bom ou mau que isso possa acarretar. A realidade é que quando se está em tratamento o resto parece não existir...

Há aproximadamente um ano, por diversos motivos, a minha vida estava um autêntico turbilhão. Em simultâneo entrei no universo das IIU. Queria estar totalmente envolvida em todas as frentes, mas um braço engessado colocou-me algum travão. As coisas foram encaminhando bem, exceto as IIU.

Sempre que tenho feito tratamentos o outro lado da minha existência está em fases de algum tumulto e a próxima TEC não será certamente exceção a ver pela altura do ano em que vai acontecer. Já estou calejada...

1 comentário:

  1. Querida PL,
    Mesmo que sobre assuntos corriqueiros é um gosto ler-te. É que nesta vida arranjamos amigos até nesta realidade, e sentimos as suas dores e a sua falta.
    Assim é com prazer que leio que andas por aí! Ocupada, é certo, mas bem.
    Independentemente da altura em que chegue a TEC o mais importante é que te sintas preparada para ela, é uma vez que agora já sabes ao que vais, tudo se torna mais fácil de lidar. Não me recordo de teres falado da altura da nova TEC, imagino que seja para depois do verão.
    Como já sabes, estou sempre por aqui!
    Um beijinho

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