quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Síntese do meu percurso

Quando nos deparamos com a necessidade de recorrer a técnicas de PMA é frequente tentar perceber se existem casos idênticos aos nossos para procurar uma réstia de esperança no sucesso dos tratamentos. Embora ainda esteja no dark side, pretendo com este post sensibilizar casais que estejam perante o cenário horrendo da infertilidade para que lutem, porque a perseverança tem maior taxa de sucesso que o fator sorte.

Iniciarei com um resumo do meu historial clínico e das diferentes estratégias adotadas até à data.

Sofro de SOP caracterizado, entre outras coisas, por anovulação crónica e amenorreia (que na minha perspetiva classifico como primária), hipotiroidismo, além de diversas maleitas que aparentemente não têm relevância para a infertilidade.

Fiz 6 tentativas de ciclos de coito programado com doses crescentes de Dufine (1, 2 e 3 comprimidos) sem qualquer tipo de resposta ovárica.

Outra abordagem experimentada foram duas IIU também elas canceladas. No primeiro caso por ausência de resposta ovulatória, no segundo por excesso de folículos correndo o risco de gestação múltipla.

Realizei processo de FIV que culminou com a manifestação de síndrome de hiperestimulação ovárica. Foram retirados 25 ovócitos dos mais de 30 que estavam a desenvolver. O resultado final foi de 12 embriões e devido à hiperestimulação não pude fazer transferência a fresco tendo de aguardar pela recuperação da minha condição normal.

Fiz uma primeira TEC de dois embriões 8A que não deu em nada e amanhã farei a segunda TEC.

Agora destacarei o resumo de uma das possíveis preparações de uma TEC. Vou realçar diferenças que houve nos dois procedimentos realizados.

Uma vez que não menstruo tive de recorrer à indução do ciclo. Da primeira vez com Yasmin e desta feita com Provera, dado que não me sinto bem com aquela pílula. No 21º dia do ciclo foi realizada ecografia e administrada injeção de Decapeptyl 3,75. Logo nessa altura comecei a tomar Acfol em jejum. Em situações normais a menstruação deve aparecer até duas semanas após a injeção e o previsto é iniciar dois comprimidos de Estrofem no 2º dia do ciclo. Como sou uma ovelha negra não menstruo com Decapeptyl, como consequência comecei o Estrofem da primeira vez 19 dias após a injeção, enquanto que agora foi 17 dias depois, durante 7 dias, naquela dosagem. Após mais uma ecografia seguiram-se na primeira preparação mais 8 dias de 3 comprimidos diários de Estrofem, ao passo que desta vez foram 3 dias, porque o endométrio respondeu mais rápido. O Progeffik foi iniciado 3 dias antes da TEC em ambos os casos, no entanto em maio passado a aplicação era de 12 em 12h, enquanto agora é de 8 em 8h. A análise à hormona beta-HCG foi realizada 14 dias após a TEC, desta vez será 12 dias depois.

Espero que enquanto tiver condições para enfrentar este monstro consiga acertar na fórmula mágica. Quem sabe o bónus não se encontra nalgum dos 10 mini-nós que ainda nos restam?

Daqui a umas 13 horas poderá ser o primeiro dia do resto das nossas vidas.

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