sábado, 26 de dezembro de 2015

Segunda não-IIU

Depois do fiasco da IIU que não chegou a acontecer em julho, dia 28 de agosto regressei ao HSJ para tentar outro tratamento.

A ecografia foi o costume que já estou cansada de ouvir, sendo que desta vez foi prescrito Menopur com uma dose inicial de 112,5 UI. Foi feita também alteração ao suplemento a tomar. Em vez de Ovusitol passei a tomar uma saqueta diária de Dikirogen. Tive nova sessão com a enfermeira para desta vez familiarizar-me com o Menopur. Foi agendado regresso no dia 1 de setembro.

A preparação de Menopur tem uma abordagem mais tradicional, assim como a sua aplicação. Em vez de se usar uma caneta, são utilizadas seringas descartáveis. Até à preparação da solução deve ser mantido no frio, no entanto depois não é necessário desde que a temperatura ambiente não ultrapasse os 30 ºC. Preferi conservá-lo no frigorífico.

Habitualmente sou tolerante à dor, mas com o Menopur só em cerca de duas aplicações é que não senti nada. Desde a introdução da agulha até à injeção do preparado senti dor, perfeitamente suportável, mas com o Puregon isso não acontecia.
Tive mais hematomas e durante algumas semanas a barriga esteve dorida.

No primeiro dia do mês de setembro apresentei-me para a ecografia. Voltei para casa sem nada de animador pois o boicote continuava. A raiva aos meus ovários intensificou-se. A diretora do serviço falou outra vez no drilling e nos benefícios que este teria se fosse combinado com IIU ou FIV, dado que havia uma maior probabilidade dos ovários responderem devidamente à estimulação. Perguntei como é o funcionamento habitual do HSJ ao nível do drilling. Integra-se uma lista de espera para cirurgia que é de 3/4 meses, é dada entrada numa quarta-feira para fazer a preparação, na quinta é o drilling e na sexta é dada alta.
Mantive a dosagem de Menopur e dia 4 tive de voltar à ecografia.

Regressei ao hospital já desanimada para mais uma ecografia. Contudo algo inesperado aconteceu. Do nada passou a haver tudo. No ovário esquerdo tinha um folículo com 8 mm e outro com 12, enquanto no direito havia dois com 10 e outros dois com 11 mm. O endométrio tinha uma espessura de 7,6 mm. Perante esta verdadeira surpresa passei a aplicar 150 UI. A esperança agora residia em conseguir que, no máximo, dois folículos se destacassem para levar a IIU até ao fim.

Dia 6 de setembro fui para aquela que foi a ecografia mais duradoura e incomodativa que realizei até hoje.

Duas estagiárias apanharam-me a jeito sendo que, o que me esperou, foi um estudo profundo que durou uns 20 longos minutos. A marquesa da sala de ecografias não é nada cómoda no apoio para as pernas. Associando isso com uma grande estadia deitada resultaram pernas dormentes, para não falar dos toques constantes nos ovários que não eram nada agradáveis. Depois de encontrados todos os folículos seguiu-se o inacreditável. Para além de se esquecerem completamente que estava ali um ser vivo, iam contando piadinhas, estudavam o que estavam a ver e a dada altura a examinadora das profundezas disse a rir que se tinha esquecido de gravar os dados! O que aconteceu depois? Começar tudo de novo!
A quantidade de valores que estavam a ser ditados começou a preocupar-me, pois o número de folículos dominantes estava a ultrapassar em muito o desejável.
O cenário era este: ovário esquerdo - 10, 10, 10, 11, 12, 14, 15 mm; ovário direito - 11, 12, 13, 13, 14 e 16 mm e o endométrio com 8,9 mm.
Numa última tentativa de conseguir que um ou dois folículos ficassem em condições de fazer a IIU injetei nesse dia 112,5 UI e nos dois seguintes 75 UI.

A 9 de setembro realizou-se a última ecografia que resultou em mais um cancelamento. Tinha 7 ou 8 folículos de bom tamanho, o que significa que corria o risco de ter uma gravidez múltipla. Durante duas semanas deveria proteger-me por causa da possibilidade de ovular. A médica referiu que no ponto em que os ovários se encontravam era muito provável que menstruasse espontaneamente. Caso não acontecesse, em 15 dias deveria voltar a tomar Provera (e assim foi...).

A maior conclusão a tirar destas tentativas falhadas de IIU é que não se consegue encontrar uma dose que controle os meus ovários ao ponto de só desenvolverem aquele máximo de dois folículos.

Perguntei se o passo seguinte era o drilling ou a FIV planeada para fevereiro. A médica disse que iam analisar o meu caso em equipa e se fosse a laparoscopia seria contactada para fazer uma consulta com a finalidade de ficar inscrita na cirurgia, se fosse FIV, por volta de dezembro ou janeiro de 2016 telefonar-me-iam para iniciar a pílula antes de começar as injeções.

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