segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Punção

Cá estou, de repouso, após a punção desta manhã. Não me sinto revigorada, pelo contrário. Isto é violento.

Cheguei ao hospital às 8h30 e pouco tempo depois fui chamada para colocar um catéter e os adesivos no peito para monitorizar os sinais vitais durante o procedimento.

Aguardei que fosse realizada uma punção a outra utente e a seguir entrei no vestiário.

Já na sala própria foi introduzido o espéculo e provavelmente o equipamento para a punção. Sei que doeu mas é normal tendo em conta o estado dos ovários.

Após a administração do anestésico apaguei quase logo, nem me apercebi de sonolência súbita. Durante o procedimento sonhei, já não me recordo com o quê.

O meu marido diz que estive meia hora a 40 minutos até ir para o recobro. Dei conta de uma movimentação da cama que foi quando me levaram para o recobro e então acordei. Passei para outra cama e aí senti como estava. Tinha dores intensas, a enfermeira recomendou que me deitasse para o lado direito com os joelhos dobrados para cima.

Passou algum tempo e o analgésico não estava a resultar. Foi administrado outro medicamento. Aliviou temporariamente até que as dores voltaram. Pareceu-me sentir que a bexiga estava a ficar cheia. Perguntei se podia ir à casa de banho e resolvi o problema. A bexiga fazia pressão na barriga, daí o regresso das dores.

Como a hiperestimulação ainda pode agravar vou tomar Dostinex à noite e enquanto sentir dores tomo paracetamol e ibuprofeno. Tenho de estar atenta ao agravamento dos sintomas. Se piorar deverei dirigir-me às urgências de obstetrícia.

Agora os números, estamos a 22 de fevereiro e foram retirados 22 folículos. Amanhã vou ter novidades relativamente à fecundação e a transferência está prevista para maio para poder recompor-me. Não esperava que fosse tanto tempo mas é por um bom motivo.

Dia 22 de março tenho ecografia para reavaliar o estado dos pequenos guerreiros que tiveram um trabalho extenuante desde 10 de fevereiro.

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